Finanças
Quais Países Fecharam Acordos Tarifários com Trump em 2025?
Com a política econômica agressiva de Donald Trump em seu segundo mandato, as tarifas comerciais têm sido um tema central nas negociações internacionais. Até julho de 2025, diversos países e blocos regionais conseguiram fechar acordos tarifários com os Estados Unidos para evitar taxas mais altas, enquanto outros, como o Brasil, enfrentam desafios. Este artigo explora quais nações já firmaram acordos, detalhando as condições e os impactos dessas negociações. Países e Blocos que Assinaram Acordos Tarifários com os EUA 1. União Europeia (UE) A União Europeia fechou um acordo com os EUA em 27 de julho de 2025, após negociações com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. A tarifa sobre exportações do bloco foi reduzida de 30% para 15%. Em contrapartida, a UE comprometeu-se a investir US$ 600 bilhões nos EUA e gastar US$ 750 bilhões no setor de energia americano, incluindo a compra de equipamentos militares. Esse pacto reflete a estratégia de Trump para reduzir o déficit comercial dos EUA, equilibrando o comércio bilateral. Impacto: A redução da tarifa beneficia setores como agricultura, tecnologia e aviação, mas a UE ainda enfrenta entraves em algumas áreas. 2. Reino Unido O Reino Unido, parceiro histórico dos EUA, foi o primeiro a assinar um acordo tarifário, em 8 de maio de 2025. A tarifa sobre produtos britânicos foi fixada em 10%, com isenção total para componentes aeroespaciais e uma cota de até 100 mil carros exportados com alíquota reduzida. Em troca, o Reino Unido reduziu suas tarifas sobre produtos americanos de 5,1% para 1,8% e simplificou processos aduaneiros. Impacto: O acordo fortalece a competitividade do setor automotivo e aeroespacial britânico nos EUA, mantendo a relação comercial estratégica. 3. Japão Em 22 de julho de 2025, o Japão anunciou um acordo que reduziu a tarifa de importação de 25% para 15%, exceto para aço e alumínio, que permaneceram com a taxa original. O país asiático comprometeu-se a investir US$ 550 bilhões nos EUA e abrir seu mercado para produtos agrícolas e automotivos americanos. Trump classificou o acordo como "potencialmente o maior da história", destacando a criação de empregos. Impacto: A redução da tarifa beneficia exportadores japoneses, mas a exclusão de aço e alumínio pode limitar os ganhos em setores industriais. 4. Indonésia Também em 22 de julho, a Indonésia fechou um acordo que elimina 99% das barreiras tarifárias para produtos americanos, enquanto os EUA reduziram a tarifa sobre produtos indonésios de 32% para 19%. Esse pacto abre o mercado indonésio para bens americanos, fortalecendo o comércio bilateral. Impacto: A eliminação de barreiras não tarifárias facilita a entrada de produtos americanos, enquanto a Indonésia ganha maior acesso ao mercado dos EUA. 5. Filipinas No mesmo dia, as Filipinas aceitaram uma tarifa de 19% sobre suas exportações para os EUA, enquanto zeraram as tarifas para produtos americanos. O acordo visa abrir o mercado filipino para bens dos EUA, promovendo um comércio mais equilibrado. Impacto: A abertura do mercado filipino beneficia exportadores americanos, mas a tarifa de 19% ainda impacta setores exportadores das Filipinas. 6. Vietnã Em julho de 2025, o Vietnã assinou um acordo que reduziu a tarifa americana sobre seus produtos de 46% para 20%. Produtos que passam pelo Vietnã, mas são originários de outros países, enfrentam uma taxa de 40%. Em troca, o Vietnã concedeu acesso total aos seus mercados comerciais sem taxar exportações americanas. Impacto: O acordo beneficia o Vietnã ao reduzir tarifas, mas a taxação de produtos reexportados pode afetar cadeias logísticas regionais. 7. China (Trégua Temporária) Os EUA e a China firmaram uma trégua tarifária, prorrogada por mais 90 dias a partir de julho de 2025. Após Trump anunciar tarifas de até 145% sobre produtos chineses, a taxa foi temporariamente reduzida para 30%, enquanto a China aplicou 10% sobre produtos americanos. As negociações devem continuar para um acordo definitivo. Impacto: A trégua alivia tensões comerciais, mas a incerteza persiste, com novas reuniões previstas para a próxima semana. Países em Negociação Além dos acordos fechados, outros países estão em tratativas com os EUA: Índia: Negociações avançam para reduzir tarifas para menos de 20%, com a Índia oferecendo cortes em tarifas agrícolas americanas. Coreia do Sul: Propôs um pacote comercial que inclui cooperação na construção naval e redução de tarifas de 25%. Argentina: Busca tarifa zero para 80% do comércio bilateral, especialmente no setor siderúrgico. Malásia: Negocia redução de tarifas para menos de 20%. Taiwan: Enviou uma delegação a Washington para discutir um acordo tarifário. O Caso do Brasil O Brasil enfrenta uma tarifa de 50%, a mais alta entre os países listados, devido a motivações políticas, incluindo disputas sobre censura de conteúdo em redes sociais. Até o momento, o país não conseguiu avançar nas negociações, e a tarifa entrará em vigor em 1º de agosto de 2025. Empresários brasileiros temem retaliações comerciais, e o governo avalia recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), embora a influência americana limite sua eficácia. Por Que Esses Acordos São Importantes? As tarifas de Trump visam reduzir o déficit comercial americano, estimado em US$ 1 trilhão ao ano. A estratégia pressiona parceiros comerciais a abrir mercados e investir nos EUA, mas também gera preocupações com inflação e desestruturação do comércio global. Para os países que conseguiram acordos, as tarifas reduzidas garantem maior competitividade, enquanto nações como o Brasil enfrentam desafios econômicos significativos. Conclusão Até julho de 2025, União Europeia, Reino Unido, Japão, Indonésia, Filipinas, Vietnã e China (com uma trégua temporária) conseguiram fechar acordos tarifários com os EUA. Esses pactos refletem a pressão de Trump por reciprocidade comercial, mas também destacam as dificuldades de países como o Brasil, que enfrenta a tarifa mais alta. Fique atento às próximas negociações, pois o prazo de 1º de agosto pode trazer novas mudanças no comércio global.
5/28/20241 min read
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